15 avr. 2009



#cavalo de tróia#

Entre idas e vindas, cancelamentos e adiamentos, recebi um verdadeiro presente greco-francês para ajudar na direção cênica: a ópera de Berlioz "Les Troyens". São quinhentas páginas, cinco atos, num total de cinco horas. Para verem do que se trata, tai um resuminho da segunda metade do segundo ato.
Dentro do palácio real. Enquanto a cidade ao redor está em chamas, as mulheres troianas oram para que Vesta Cibele os libere dos gregos. Cassandre chega com outro vaticínio: Enée, que já resguardou os tesouros e imagens sagradas de Tróia, irá fundar uma nova Tróia na Itália. O próprio noivo de Cassandre, Chorèbe, está morto. Cassandre tampouco espera sobreviver. As mulheres troianas certamente serão estupradas e escravizadas. Cassandre incentiva as mulheres a resistirem à sua maneira: tirando suas próprias vidas. A maioria jura morrer com Cassandre; aquelas que não tem coragem suficiente para cometer suicídio são caçadas. O resto das mulheres começam uma dança selvagem e arrebatadora, cantando as glórias de Tróia e jurando morrer livres. Os soldados gregos buscando os tesouros troianos se dão de encontro com a cena, e observam entre chocados e assombrados. Brandindo suas espadas, os gregos exigem os tesouros, mas Cassandre os desafia esfaqueando-se. Logo, os gregos ficam sabendo que Enée escapou com os tesouros. As outas mulheres começam a matar-se em massa, arremessando-se das sacadas, enforcando-se e esfaqueando-se, todas com um grito final de “Itália”.

Eu fico pensando nos meus colegas que estão montando o Mamma Mia lá na casa de artes operária, pelo menos é no mediterrâneo que ambas as histórias acontecem.

1 commentaire:

Alexandre Giesbrecht a dit…

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